RIR, O MELHOR REMÉDIO DO MUNDO

Quanto tempo você não dá aquela risada gostosa, de espantar todos os maus pensamentos? Dez minutos, duas horas, dois dias ou meses?

Se não se lembra quando foi a última vez que se empanturrou de tanto rir, pode se juntar ao grupo, pois faço parte dele.

De jovem, dar boas risadas era comum na minha vida. Com o tempo, as obrigações aumentaram e as dores de cabeça para criar uma família e correr atrás do sustento foram apagando minhas gargalhadas, até que os aborrecimentos eram tanto quanto o ar que eu respirava.

Por vezes, procurei algumas saídas ou escapadinhas para as obrigações e descontentamentos. Meditava, corria, fazia curtas viagens, até tentei surfar. Uma tragédia, pois onda e Jony não fazem parte do mesmo Universo.

Daí veio a psicoterapia, e com ajuda do profissional da saúde mental, escavei minha alma e encontrei angústias e tristezas. Cheguei à conclusão de que precisava mudar. Se o mundo não muda e as pessoas não mudam, eu viraria a página.

Tomada a decisão, o próximo passo seria encontrar quais caminhos traçar em busca da risada, dos momentos de felicidade…

A primeira coisa que me veio à mente foi reencontrar os momentos da minha vida nos quais a diversão e a alegria me transbordavam de risadas. Foi fácil. Daí, uma voz dentro de mim argumentou: “mas, Jony, naqueles dias você não tinha obrigações, sua maior preocupação era estudar e passar de ano”. Verdade! No entanto, eu poderia ter tranquilidade, vida boa, e, mesmo assim, ser uma pessoa triste, melancólica, agoniada. Mas não era. Precisava encontrar aquele Jony que, mesmo em dias difíceis e de grande responsabilidade, sabia se divertir. Afinal, responsabilidade não é sinônimo de infelicidade, ao contrário, quando temos obrigações das quais somos apaixonados — no meu caso, escrever —, a risada vem com a agenda dos afazeres.

Precisava descobrir quais elementos deixaram minhas risadas desaparecerem. Percebi que mantinha relações com pessoas extremamente tóxicas, vivia num ambiente de trabalho que não condizia com meus valores éticos/morais e tinha me afastado de coisas que mais gostava de fazer.

Tirada as conclusões, resolvi colocar em prática o afastamento de pessoas tóxicas, do ambiente ruim de trabalho e tentei me aproximar daquilo que me trazia prazer e alegria.

Caso me pergunte se consegui, a reposta é sim e não. Demorou vinte e cinco anos para ter um resultado beirando a razoabilidade. No entanto, boas gargalhadas, já consigo dar. Um exemplo é quando assisto a séria mexicana ‘mãe só tem duas’, risadas inesperadas saem sei lá de onde. Quando desligo a televisão, sinto serotonina por todo corpo. Coisa boa.

Portanto, minha cara ou meu caro, tracem um objetivo para 2022: dar risadas, gargalhada. Muitas!

Publicado por jony1818

Sou storyteller, psicodramatista e triatleta

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